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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Esses dias, estava me sentindo muito distante de Deus... fui orar e, de repente, enquanto eu falava, Deus me "interrompeu" e falou comigo, me corrigiu de algo de que eu estava falando. Na hora, eu interpretei de maneira rotineira, como se não fosse algo novo, afinal "ouvir Deus falar é uma coisa normal pra um Cristão", pelo menos é o que dizem por aí né... mas, eu parei e pensei... agente vive falando, falando, falando, falando, falando e falando mais um pouco, e quando é que paramos pra deixar Deus falar? Ou melhor, quando é que conseguimos ouvir Deus falar nos momentos em que nos dispomos a ouvi-lo, se é que nos dispomos? Aí pensei: naquele momento da oração, eu estava somente falando, em nenhum momento eu parei pra escultar Deus falar, então por que foi que Deus falou e eu ouvi? Foi quando suavemente veio em meu coração que, desesperadamente Deus queria falar-me algo, e eu, injustamente, só falava. Pra ser sincera, naquele dia, era o primeiro diálogo que eu tinha com Deus, e o que me levou a tê-lo, foi sentir a falta da presença de Dele que só aumentava de alguns dias até ali, justamente por culpa minha, que por muitas vezes troquei um momento de devocional com Ele por coisas que atraíam meu instinto pecador. Quando "caí em mim" e resolvi orar, foi a primeira e talvez única oportunidade com a qual Deus se deparou naquele dia para falar aquilo que queimava ardentemente no coração Dele para com a minha vida. Ao ouvir-me falar com Ele mesmo que não de "todo o coração", o desespero de Seu coração para falar-me algo que me expressaria Seu amor e o quanto se importa com o que vivo, parecia ser tanto, que mesmo com as minhas míseras palavras de uma oração hipócrita, ele "soltou esse grito" de desespero, pois não podia deixar de amar e expressar Seu amor a uma vida pelo fato de ela não merecer. Isso é resumido como graça: favor imerecido de Deus. Incrível né? O amor constrange. Talvez Deus tenha aproveitado esse momento quase imperceptível onde pôde falar comigo, por que já não aguentava mais me ver distante Dele, estava com saudades de mim. E talvez, essa saudade tivesse se tornado um motivo de desespero para Deus, porque eu, na minha injustiça, não estivesse voltando a minha atenção à Ele, e, consequentemente, não sabia mais pelo que Seu coração chorava, pelo que Seu coração de alegrava, ou se entristecia, ou se enchia de compaixão, o que em mim fazia Seu coração chorar ou se alegrar. E mais uma vez fui constrangida pela Sua graça, que dizia à mim que Ele me queria como eu sou, pois se me quisesse perfeita, não teria me feito imperfeita. É isso ae galera, Deus te quer como você é, mas isso não é motivo pra você deixar de amá-lo, e que, ao você pergutar à Ele o que deve fazer, Ele te diga: Faça o que você quiser, pois seu coração não faria o que Eu não faria. Deus abençõe vocês e que, juntos amadureçamos todos os dias espiritualmente ;)
"No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e a sua bondade enchia o templo. Serafins estavam por cima Dele e cada um tinha seis asas: com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos, toda a Terra está cheia da Sua glória. E as laterais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos. Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirou do altar com uma tenaz. Com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios, a tua injustiça foi tirada, e esquecido o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse Ele: Vai, e diz a este povo: Ouvem, de fato, e não entendem, e vêem, em verdade, mas não percebem. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos, para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado. Então disse eu: Até quando Senhor? E respondeu: Até que sejam devastadas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja completamente devastada. E o Senhor afaste dela os homens, e no meio da terra seja grande o desamparo. Porém ainda a décima parte ficará nela, e tornará a ser pastada, e como o carvalho, e como a árvore de castanhas, que depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela." (Isaías 6:1ao13)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Explorando a Capacidade que temos

(Abreviado do Texto: Nós somos águias. Autor: Leonardo Boff): "Vamos, finalmente, contar a história narrada por James Aggrey. Como fino educador, acompanhava atentamente cada intervenção. Num dado momento, porém, viu que líderes importantes apoiavam a causa inglesa. Faziam letra morta de toda a história passada e renunciavam aos sonhos de libertação. Ergueu então a mão e pediu a palavra. Com grande calma, própria de um sábio, e com certa solenidade, contou a seguinte história: era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - esse pássaro aí não é galinha. É uma águia - de fato - disse o camponês - é águia, mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extenção. - não - retrucou o naturalista - ela é e sempre será uma águia, pois tem um coração de águia e este coração a fará um dia voar às alturas. - não, não - insistiu o camponês - ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: já que voce é de fato uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá em baixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! - não - tornou a insistir o naturalista - ela é uma águia, e uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à carga: eu lhe havia dito, ela virou galinha! - não - respondeu firmemente o naturalista - ela é águia, possuirá sempre um coração de águia, vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... E Aggrey terminou dizendo: - Irmãos e irmãs, meus compratriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos asas e voemos. Voemos como águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar." É galera... esse texto me tocou muito... isso me fez lembrar sobre vocação, chamado... a todos nós Deus deu uma capacidade, um dom, e ainda sim, há muitos se contentando com a miséria de viver no mundo, ou até mesmo com a miséria de viver indiferentemente no Reino de Deus. Eu, falando por mim agora, muitas vezes tenho ficado oculta, não me manifestado na obra de Deus... memso Ele mostrando claramente pra mim que eu tenho capacidade para fazer mais! Já é tempo de acordar... eu sei o quanto é "doloroso" ou "dificil" reagir, pois a nossa zona de conforto já tem estado intensa... sair dela, é um choque. Mas esse post, por exemplo, já é um começo... vocês percebem o valor que um blog tem pra Deus? Através dele eu tenho feito a obra... nas coisas mínimas, podemos muitas vezes encontrar o começo das coisas máximas. É isso ae galera, fiquem com Deus! Ótimo fim de semana =)